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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

ARBITRO DA FINAL DO PAULISTINHA 2018 FALA NOVAMENTE SOBRE A DECISÃO

 

Árbitro do polêmico Palmeiras x Corinthians de 2018 fala dois anos após final: "Dei a chance de eles poderem transferir a responsabilidade"

Finais de Campeonato Paulista com Palmeiras x Corinthians têm sido sinônimo de polêmica desde 1993.

Em 2018, porém, José Aparecido de Oliveira, que apitou o fim da fila do Verdão, há 27 anos, encontrou um rival à altura para ser lembrado com desgosto por torcedores - desta vez, do lado Alviverde.

Marcelo Aparecido de Souza, juiz da final vencida pelo Corinthians nos pênaltis, depois de o Palmeiras ter um penal a seu favor anulado durante o jogo, deu entrevista à Gazeta Esportiva sobre o assunto.
Mais de dois anos depois, agora aposentado da Federação Paulista de Futebol, trabalhando no futebol da Paraíba, Marcelo voltou a falar da polêmica alteração da marcação, que só aconteceu sete minutos depois de ele apontar a marca da cal.

Souza mantém a afirmação de que não houve interferência externa. E afirmou que a demora deveu-se à sua dificuldade para ouvir o que o quarto árbitro tentava lhe dizer.

"Nós estamos no telefone aqui agora. Mas, com mil pessoas falando aqui ao mesmo tempo, você não conseguiria ouvir o que digo", disse.
"Quando o quarto árbitro chegou até mim, ele disse claramente: "Marcelo, ele (Ralf) toca na bola antes, mas a decisão é sua". Tenho muita humildade e experiência para saber que poderia estar errado", disse.

Marcelo ataca a diretoria do Palmeiras, e o próprio time, sem meias palavras.

"Tomaram o gol com um minuto e tiveram o jogo inteiro para buscar o resultado", diz. "O que acabou acontecendo é que, com o meu equívoco, dei a chance a eles de poderem transferir a responsabilidade", disse.

"Surgiu também a oportunidade de bater os pênaltis e vencer. Mesmo assim, também não foram competentes", dispara.

"Para que não tivessem o ódio revertido a ele, transferiram o ódio a mim", declarou ainda. "Direcionaram o ódio a mim, à minha pessoa, o árbitro, o elo mais fraco".

Na longa entrevista, ele relata ter sofrido ameaças de morte. Nega ser corintiano e que Andrés Sanchez, o presidente alvinegro, fosse frequentador de uma chopperia de que ela era proprietário na capital paulista.

Por fim, diz ainda que vê o lado bom da polêmica, porque assim será lembrado.

"Porque, se tivesse corrido tudo bem, ninguém nem lembraria da final e acabou", disse.