O julgamento para anulação da partida entre Botafogo e Palmeiras serviu para mostrar pela primeira vez na história o que o “time” de árbitros conversam em lances polêmicos (como o lance do pênalti marcado em Deyverson).
Como todos nós já imaginávamos os árbitros tem marcação com determinados jogadores pré-julgam eles (as vezes de forma equivocada como o lance do Deyverson), outro detalhe é a “bagunça” dos árbitros em que todos falam ao mesmo tempo e isso atrasa o uso do VAR.
A gravação foi exibida nesta terça-feira durante o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que, por unanimidade de votos, indeferiu pedido do Botafogo para anulação da partida disputada em 25 de maio.
A gravação foi exibida nesta terça-feira durante o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que, por unanimidade de votos, indeferiu pedido do Botafogo para anulação da partida disputada em 25 de maio.
O clube carioca alegava que o árbitro Paulo Roberto Alves Junior já havia reiniciado a partida antes de rever o lance – e, em vez, de dar cartão amarelo por simulação a Deyverson, atacante do Palmeiras, assinalar falta de Gabriel, zagueiro do Botafogo, dentro da área.
VEJA TRECHOS DA CONVERSA:
ARBITRO DE CAMPO CHAMANDO O ARBITRO DO VAR NA CHINCHA (COMO DIZ NA MINHA TERRA):
O áudio mostra primeiramente uma reclamação do árbitro assim que ouve o seguinte aviso:
– Segura, segura, Paulo. Não inicia. Aguarda, aguarda, aguarda – dizem os operadores na cabine, assim que o goleiro do Botafogo, Gatito Fernández, cobra o tiro livre indireto.
– OK, OK, OK, mas fala antes – reclama o árbitro, depois de efetivamente paralisar a partida.
Presente no julgamento para prestar depoimento pessoalmente, Paulo Roberto Alves Junior reconheceu a queixa por acreditar que "faltou um pouquinho dessa informação de que já estava tendo checagem no início".
PRÉ-JULGAMENTO SOBRE OS JOGADORES (NO CASO O DEYVERSON)
Pelo arquivo, também é possível notar que o histórico de polêmicas de Deyverson é bem conhecido pela arbitragem. Antes de o lance ser revisto, o volante Bruno Henrique (capitão do Palmeiras naquela partida) se dirige ao árbitro e ouve dele o seguinte:
– Ele se jogou... Bruno, você conhece.
Esse trecho da gravação, inclusive, fez com que o subprocurador-geral do STJD, Leonardo Andreotti, fizesse uma observação antes da votação dos auditores.
– Não posso deixar, enquanto procurador, de certa forma até de repudiar o comportamento da arbitragem quando deixa de ser imparcial. "Foi falta, é o Deyverson, todo mundo já sabe". Não posso a oportunidade passar e deixar de repudiar esse comportamento que foi elucidado a partir das provas colhidas.
PARECIA UMA FEIRA (TODOS FALANDO AO MESMO TEMPO)
A comunicação entre as equipes em campo e a cabine do VAR, que também tem um árbitro principal e dois assistentes, é confusa em alguns momentos, como foi revelado no trecho entregue pela Confederação Brasileira de Futebol.
Quando Paulo Roberto Alves Junior se dirige para o televisor à beira do campo para ver as imagens, muitas vozes se sobrepõem. Uma delas pede que alguém pare de gritar.
– Para de gritar. Quem está gritando?
– Tem muita gente falando. Os assistentes, por gentileza, silêncio aí, senão a gente não consegue conversar, gente – acrescenta aparentemente o árbitro de vídeo, Adriano Milczvski.
Na sequência, o árbitro de campo quer saber quem é o autor da falta em Deyverson e pede, em tom até irritado, que lhe mostrem um ângulo aberto da imagem para finalmente conseguir identificar o número da camisa do jogador do Botafogo.
RESUMO DA OPERA: O VAR ajuda e muito para diminuir as injustiças no futebol mas quem esta utilizando ainda não domina o processo, muita bagunça e demora nas decisões de VAR se devem por esse motivo. Sobre o arbitro marcar determinados jogadores isso é muito grave, o arbitro tem que ser NEUTRO em campo e não pode pré-julgar ninguém, ai eu fico imaginando o que eles falam do Felipe Melo...
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